CHEIA – Clima permanece tenso em Nova Dimensão com o fechamento até do comércio - FOTOS

Quarta-Feira, 12 de Março de 2014 / 16:23 - Atualizado em Quarta-Feira, 12 de Março de 14 / 16:30

O distrito de Nova Dimensão, que pertence ao município de Nova Mamoré, está um caos devido ao protesto de manifestantes que fecharam a BR 421 depois que o Ministério Público Federal mandou suspender a obra de abertura da rodovia – cerca de 11 quilômetros – que serviria para escoar a produção leiteira da localidade, que entrou em colapso devido a enchente e o bloqueio das vias de acesso.

Com o protesto, manifestantes bloquearam a rodovia e impediram o acesso de qualquer veículo – com exceção para ambulâncias ou polícia. Com isso centenas de caminhões de carga e transporte estão parados há dias. Uma mulher, em contato com a reportagem do Rondoniaovivo, disse que o seu marido e mais dezenas de pessoas que estavam viajando estão sendo mantidos “reféns” em Nova Dimensão, onde a situação está muito crítica, de acordo com informações do seu esposo.

“Acabou a comida, a água e o dinheiro. Ele é vendedor e está lá há 07 dias e mais 19 mil pessoas daquele distrito. Os comércios estão fechados, sob ameaça de serem saqueados a qualquer momento”, disse a mulher.

No distrito não tem agência bancária e índios de algumas etnias estão no local mantendo o bloqueio. A energia elétrica foi cortada e comerciantes estão sendo ameaçados caso pretendam abrir alguma loja.

A situação ficou ainda mais tensa quando até um posto de gasolina foi fechado à força por indígenas e o contato está sendo feito com muito cuidado via internet apenas em locais cuja energia funciona através de geradores.

O Ministério Público Federal divulgou através de um documento a presença de índios na região, o que foi contestado pelos próprios indígenas que estão entre os manifestantes que bloquearam a rodovia. Notável que o bloqueio acabou fazendo com que muitas cargas perecíveis que seriam conduzidas aos municípios de Guajará-Mirim e Nova Mamoré estragassem.

A situação na localidade ainda é muita delicada e moradores pedem providências do governo para colocar ordem. Mesmo com a presença da polícia militar na área em alguns pontos, o clima é tenso.

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