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quarta-feira, 12 de março de 2014

E SE ELE FOR INOCENTE E FOI CONFUNDIDO???..

E SE ELE FOR INOCENTE E FOI CONFUNDIDO???...  ... AS PESSOAS DE BEM(?) DEVERIAM PENSAR UM POUCO MAIS ANTES DE SE ACHAREM NO DIREITO DE FAZER JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS... NÃO PASSAM DE MANADA INDUZIDAS PELO LIXO DA MÍDIA... PREOCUPANTE ISSO!!
É o fim do mundo todo dia da semana

Há 40 minutos, quando saia de casa para o trabalho, deparei-me como uma situação absolutamente perturbadora, mas que se tornou rotina no Brasil. Um grupo de justiceiros aplicando a pena capital a um suposto criminoso.

Era um homem, em seus 40 anos, deitado no chão e com as mãos amarradas para trás. Muita gente o cercava e foi possível notar, imediatamente, que se tratava de mais um episódio de linchamento público. O homem apanhava, apanhava muito! Principalmente eram chutes no rosto, com o intuito de fazer com que a sua cabeça se chocasse com a parede. O sangue jorrava e a pancadaria continuava.

Quem eram os justiceiros? O justiceiros eram as pessoas que passava pela MG10 na manhã de hoje. O mundo parou ali, naquele momento. Os carros, motos, vans, bicicletas, tudo parou. As pessoas se aproximavam primeiro por curiosidade, mas, em seguida, era só ouvirem a senha “estuprador” para darem a sua parcela de contribuição (um chute, um soco, uma pesada, um cusparada) com a “justiça” que estava sendo realizada, ao vivo e a cores. Bizarro como as pessoas paravam, desciam, batiam e voltavam para sua rota e sua rotina, em uma espécie de drive through da vingança. E a pergunta permanece: quem eram os justiceiros? Eram padeiros, motoristas, entregadores de materiais de construção, pais de família, funcionários públicos, desempregados, empresários...

Chamei a polícia e ela chegou rapidamente. Com a aproximação da viatura, os vingadores residuais foram embora e o linchamento cessou. Os policiais desamarraram o espancado - a essa altura já completamente desfigurado - e chamaram o Samu. Para todos os que sobraram na cena não restava dúvida: apanhou porque mereceu.

Pronto. Só restava agora entender o que exatamente havia acontecido. O espancado, com o que lhe restou de dentes na boca, argumentava: “eu só estava fazendo xixi”. A versão não convencia. Foi quando chegou uma testemunha ocular do fato e o confrontou: “deixa de ser mentiroso, você não estava só fazendo xixi, você estava fazendo xixi virado de frente para uma moça”. Agora sim, depois da pena aplicada, o caso solucionado.

A Alemanha hitlerista é aqui e agora. É o fim do mundo todo dia da semana.
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